PARÂMETROS DE HARMONIA, BELEZA E ATRATIVIDADE
“Os parâmetros de beleza estão em constante modificação, conforme raça, país, origem, local onde vivem, e depende também da época na qual estamos trabalhando.”
Por Dr. Roberto Chacur
A cefalometria estuda as dimensões do crânio e da face e é uma importante ferramenta que pode auxiliar em muito no planejamento para o tratamento estético, no entanto, não é exato.
Os conceitos de beleza variam conforme raça, origem e país onde nosso paciente vive, de modo que a beleza de um oriental é muito diferente se compararmos a beleza dos ocidentais. Isso se aplica não somente a parte facial como corporal. Outro fator variante é que, conforme a época, os conceitos vão mudando. Geograficamente, quando falamos em pacientes americanas na praia logo associamos a seios fartos, e quando pensamos em brasileiras logo associamos e glúteos redondos, grandes e empinados, não obstante, ainda varia conforme a região do país onde trabalhamos. O protótipo das cariocas, nos últimos anos, tem sido corpo definido, pernas grossas, glúteos enormes e percentual de gordura em torno de 6%.

“A boca da Angelina Jolie fica bonita nela, mas não fica bonita em qualquer rosto.” Esta frase mostra que alguns parâmetros podem nos auxiliar, mas tudo é um conjunto, por isso não existe um software perfeito e o que mais conta, em minha opinião, é o bom senso estético de quem está realizando o procedimento, a capacidade de perceber pequenas alterações que farão a diferença e, também, de perceber se o resultado desejado vai de encontro ao que o paciente procura. Não é raro, entretanto, nos depararmos com pacientes com resultados extraordinários se estranharem e desejarem reverter. Alguns trabalhos mostram um índice muito grande de dismorfismo em pacientes estéticos, algo em torno de 13%.
TRANSTORNO DISMÓRFICO
Transtorno Dismórfico é uma desordem mental que se caracteriza por afetar a percepção que uma pessoa tem da própria imagem, muitas vezes, se sentem deformadas por alterações mínimas ou inexistentes. Cria-se uma obsessão pela busca de um resultado que esta pessoa jamais conseguirá, o que acaba prejudicando muito, não somente o paciente, mas as pessoas que estão ao seu redor e, logicamente, a nós médicos. O paciente com dismorfia, geralmente, não aceita o diagnóstico por se jugarem sadias e vaidosas, assim, precisamos ficar atentos ao mínimo sinal, e se preciso, não realizar tratamento estético nestes pacientes antes de uma avaliação com especialista.
Atualmente, é comum que culturalmente as pessoas fiquem fanáticas e se escravizem, com uma fixação doentia na aparência e, também, por meios pelos quais se almeja o resultado do qual elas procuram. Por estas e outras razões, a cefalometria pode nos servir como base para demonstrar ao paciente que ele está dentro dos padrões de beleza e que o tratamento proposto, e que ele aceitou fazer, foi, sim, positivo.
Máscara de Phi e a Proporção Divina
São muitos os estudiosos que, até os dias de hoje, tentam encontrar uma forma de padronizar o conceito de beleza, usando e criando parâmetros para isso. Sabe-se, no entanto, que os padrões humanos para a definição de beleza são influenciados por forças culturais, geográficas e temporais.
O cirurgião plástico Steven Marquardt ficou mundialmente conhecido por desenvolver uma máscara que se baseia em sequências matemáticas, de modo a determinar se um rosto é bonito ou não. A caracterização ocorreria ao sobrepô-la ao rosto estudado e buscando determinar regiões a serem preenchidas para se necessário, serem diminuídas ou aumentadas.
A máscara

Também conhecida como máscara “Phi”, por seguir a medida áurea (phi) ou “proporção divina” de 1,618. Esta, teria uma relação da base do triângulo com seus lados encontrada em tudo na natureza. No passado, foi muito utilizada pelos gregos, inclusive como base ao construir o Parthenon. Ainda antes, as pirâmides do Egito possuíam estas proporções, aplicadas no tamanho das pedras utilizadas na sua construção. A máscara usa como padrão o “triangulo de ouro”, onde a relação do lado maior pelo lado menor é de 1,618.
A incessante busca da beleza ou proporção ideal, que identificou na natureza esta relação, foi muito bem escrita por Fibonacci em meados de 1200 que, ao estudar a criação de coelhos, encontrou a relação 1,2,3,5,8,13,21,34,e assim por diante, sempre somando um número ao número anterior, resulta a sequência de Fibonacci. Coincidentemente, os cientistas encontram estas proporções em tudo na natureza.

Os exemplos de Fibonacci
Um exemplo surpreendente dessa precisão é a proporção de abelhas fêmeas em relação a abelhas machos em uma colmeia, que corresponde à 1,618. A divisão dos galhos de uma árvore segue a sequência de Fibonacce. A proporção que aumenta as espiras do caracol é de 1,618. O espiral que os astros formam entorno do sol também possui uma relação de 1,618, e por isso o Phi (1,618) ficou conhecido como divina proporção.
Os padrões humanos para definição de beleza são culturais, geográficos e temporais. Entretanto, eles variam muito conforme raça e sexo. O que surpreende é o fato de a máscara “unisex de maquardt” continuar se “encaixando” e servindo como uma referência.

Para montar esta máscara Jefferson e Maquardt utilizaram proporções da natureza, a denominada proporção áurea (proporção de ouro) ou proporção divina, encontrada em tudo na natureza, além de um vasto banco de imagens de pessoas consideradas atrativas nas mais variadas raças.
No entanto, não podemos considerar e se fixar em uma máscara para determinar se um rosto é belo, a atratividade depende, também, de outros fatores e características individuais de cada um.
Segundo estes estudos, as características que definiriam um rosto bonito são a simetria facial; região do malar proeminente e jovem; lábios “carnudos”; arco sobrancelha arqueado; nariz estreito; cor e qualidade da pele.
Demonstração de harmonização facial
Veja no vídeo a seguir, uma demonstração em que a máscara é sobreposta a um rosto qualquer. Em seguida, com a ajuda de um software para edição de imagens, são realizadas virtualmente as modificações necessárias para que os traços entrem em conformidade com os ângulos do molde com a “proporção áurea”.
Meu blog não ta aceitando por o video direto aqui, então quem quiser ver o video clique no link a seguir: http://www.youtube.com/watch?v=N4fUjzqCC-8

Agora a minha opinião, eu, Solange, dona desse blog achei uma merda essa edição do cara. Fiz um print do video com a foto original e a edição final. Alguém avisa ao idiota que o nariz fino não combina com o rosto dela? E não sei pra que levantar as sobrancelhas da moça, a original ta bem melhor. E a boca? Ficou torta, a boca dela é bonita, não precisa mexer. Quando editou a olheira da moça quase tive um piripaque, como se fosse um defeito. Pára tudo! Não tem a menor razão de tirar esse detalhe. Resumindo, achei uma merda total esse negócio de “harmonização facial”. Se eu fosse Roberto Justus eu falaria “Você está demitido”. Tudo isso só serve pra uma coisa: deixar a gente mais obcecada por uma perfeição que nem é necessária. Desse jeito vamos achar que o que já está bom está uma merda.
A beleza relativa
“a beleza está nos olhos de quem vê”
PLATÃO, Atenas, (348 – 347 a.C.)
Apesar desta afirmação – filosófica e sabia – existem características peculiares no qual o formato dos rostos são consenso e considerados atrativos e belos. Critérios como altura da testa = altura do nariz = 1/3 inferior rosto; largura do nariz = largura dos olhos; distância interocular = largura do nariz; distância entre os olhos = largura dos olhos; largura da boca = 1,5 x largura do nariz (Maquardt considera 1,618 – proporção Phi); largura da face = 4 x largura do nariz.


Fonte: Clínica de Bioplastia
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